Cumprida a rotina comum a todas as manhãs; desmontar barracas, preparar e tomar o desjejum, rearranjar o barco... colocamo-nos novamente a caminho, sempre rumo norte ou nornordeste.

Logo abaixo, paramos na aldeia Macaúba, uma grande e importante aldeia Karajá, bem fronteira a Santa Terezinha. É possível ver as torres de comunicações e uma ou outra edificação da cidade, que fica do outro lado da ilha fronteira à aldeia. Fomos recebidos por uma grande quantidade de crianças e algumas mulheres indígenas que nos acompanharam até a subida do porto do aldeamento. Um jovem Karajá, após palavras trocadas com nosso piloto, em dialeto nativo, nos levou até onde estava o Cacique Maurawa, acompanhado de um outro índio, que aparentava ter algum tipo de liderança na aldeia.

Visitamos e fotografamos alguns detalhes interessantes do aldeamento e, inclusive, constatamos algumas poucas mulheres brancas, aparentemente, vivendo com os índios.

Deixamos Macaúba por volta de 09:10h. e já aqui foi possível ver as primeiras formações rochosas no Araguaia, as esperadas pedreiras e pedras do baixo Araguaia. Prosseguimos no rumo de Caseara (TO), a próxima localidade a ser alcançada, provavelmente amanhã.

O restante da manhã transcorreu sem maiores novidades. Continuamos navegando um Araguaia muito largo e raso, um quase imenso areial em alguns pontos. A paisagem se mantém uniforme, alternando trechos onde as margens são barrancos com outros, onde as margens mostram praias por demais extensas. O sol esteve presente ao longo de todo o dia, com céu azul de poucas núvens.

Fizemos a parada habitual para almoçar à sombra de árvores na margem tocantinense, ilha do Bananal ainda. Paladini, o grande pescador da equipe, tem nos mantido abastecidos de peixe, o que vem garantindo almoços e jantares soberbos, dado aos dotes culinários do Olegário.

Continuamos vendo poucos animais, mas o peixe melhorou um pouco. Próximo às 16:00h. passamos pelo lugar conhecido como Lago Grande e em torno de 17:30h. paramos para armar nosso acampamento noturno. Estamos bem perto da confluência com o Javaés, onde se fecha a ilha do Bananal, a ponta norte da ilha.

Nessa noite o Paladini deu show na pescaria, pegou Corvina, Pintados e Bargadas, abastecendo fartamente nossa caixa de gelo para as próximas refeições.

 

Veja imagens relativas ao décimo segundo dia da viagem.