Suprimentos |
José Olegario, o idealizador da Expedição Amazonia, deixa bastante claro que "A expedição não é um paseio e se utilizará de material elementar à viabilização do intento", com isto querendo dizer que a administração dos suprimentos necessário ao empreendimento privilegiará o essencial, tal como se uma operação militar fosse. Isso ressalta o caráter espartano de uma viagem que nada tem de simples passeio descompromissado, mas sim, um esforço objetivando levantar problemas, questões, dificultadores e facilitadores que possam servir de subsídio a quantos queiram levar a sério a preservação do Araguaia. Disto, é interessante registrar a forma como foi resolvido o abastecimento de víveres e, principalmente, água potável ao longo dos vinte e um dias que foram gastos no percurso todo. Ao invés de fazer uma compra prevendo muitos dias, Olegário adquiriu um suprimento inicial bem reduzido - o que inclusive favoreceu a relação de peso x desempenho da embarcação - e escalonou pequenas aquisições complementares, nas localidades por onde passamos. A água potável seguiu esse mesmo processo, sendo reabastecida a cada parada feita em localidades ribeirinhas. Só precisamos nos valer da água do rio em uma única ocasião, e assim mesmo, por mero esquecimento. Nessa oportunidade, fervemos a água do rio e ainda acrescentamos purificação química. A pesca, feita principalmente pelo Paladini, também contribuiu para enriquecer a alimentação, acrescentando proteína a nossa dieta comum. Não houve qualquer problema em relação a gelo, combustível e alimento, em nenhum ponto do percurso. |